Roteamento Dinâmico
A camada de enlace permite a comunicação de dispositivos que estejam conectados entre si, isto é, que utilizem o mesmo meio de transmissão. A Internet, como vimos, é um conjunto de diferentes redes interconectadas. De alguma forma, a rede precisa entregar os datagramas, desde a até o seu destino final. Para isso, é necessário encontrar os caminhos ou rotas até o destino a que se deseja chegar.
Imagine-se utilizando o famoso aplicativo WAZE. Independentemente da localização em que você esteja, quando você digita um destino, o WAZE encontra a melhor rota para que você possa chegar. A cada cruzamento o WAZE diz para você, qual caminho seguir. E assim, você chega ao seu destino.
O roteamento IP é muito parecido com o WAZE.
Para o funcionamento do WAZE, a primeira coisa que ele precisa conhecer é a informação sobre as vias que levam até um destino. Para isso o WAZE tem um mapa com cada uma das vias.
Protocolos de roteamento dinâmico
Os roteadores podem ser configurados manualmente ou automaticamente. Quando o administrador configura as rotas manualmente o roteador. Chamamos isto de roteamento estático. Quando o administrador configura o roteador para automaticamente encontrar os caminhos para as redes de destinos. Chamamos isto de roteamento dinâmico.
Nas rotas estáticas, o administrador possui conhecimento sobre todos os elementos que compõe a rede. Com isso administra manualmente as redes interconectadas. Isso é perfeitamente viável em pequenas redes, com até 10 ou 15 roteadores e era comum no início da Internet.
No roteamento dinâmico, os roteadores utilizam os protocolos de roteamento para ensinar as rotas que eles conhecem e aprender com dos outros roteadores os as rotas que eles ensinam. Ou seja, com o roteamento dinâmico, o roteador divulga e aprende rotas a partir das informações de outros roteadores.
Os protocolos de roteamento dinâmico são divididos em duas classes: interno (IGP ou interior gateway protocol) e externo (EGP ou exterior gateway protocol).
Grandes provedores de internet, como Oi, Embratel, Net são conhecidos como sistemas autônomos (AS ou Autonomous Systems). Eles são responsáveis por construir e compartilhar toda a infraestrutura de acesso à Internet, inclusive internacionalmente.
Sistemas autônomos devem utilizar protocolos EGP para conectarem entre si, enquanto as demais organizações, inclusive as redes internas dos sistemas autônomos, devem configuradas para utilizar algum IGP.
Os protocolos de roteamento dinâmico, buscam o melhor caminho para se chegar ao destino. Assim, precisamos antes saber: o que é o melhor caminho? Para ajudar a responder a esta questão, vamos usar o WAZE como exemplo.
Se você já utilizou o WAZE, você deve ter percebido que ele sempre busca o melhor caminho para você. Você também deve ter percebido que ele te dá duas opções para escolher o melhor caminho: o mais curto ou o mais rápido.
No caminho mais curto, o WAZE vai te guiar por uma rota que tenha a menor distância até o destino. Não interessa se tem um congestionamento. O que importa é a quilometragem. No caminho mais rápido, o WAZE vai te guiar por uma rota que te leve até o destino da forma mais rápida possível, mesmo que a distância seja um pouco maior.
No roteamento IP chamamos essas opções de métricas. De acordo com suas respectivas métricas, os dois principais protocolos de roteamento interno são os que realizam o roteamento por vetor de distância e roteamento por estado de enlace.
Você pode ler nosso post sobre Roteamento para ver como os computadores entregam as informações de uma origem até um destino. É possível também rever o nosso post sobre Endereçamento IP.
Caso você queira conhecer como os computadores evitam que as redes fiquem sobrecarregadas, leia nosso posto sobre controle de congestionamento.